quarta-feira, 8 de julho de 2009

Homenagem a Jayme Caetano Braun


Homenagem a Jayme Caetano Braun



"Raramente um homem se identificou tanto com sua terra como este colosso poético chamado Jayme Caetano Braun. O seu cântico tinha o cheiro da tapera, do rancho de pau-apique, do zaino, do guamirim, do quero-quero, do camoatim. Mas principalmente seus versos canoros endeusavam o xiru, o índio, o negro, personagens pampianas que se misturavam aos apetrechos do rancho e do campo vasto que impunha a solidão, aporreada somente pelas pausas semanais da cana, do fandango, da rinha, das carreiras, do namoro com a china, do esparramo das rixas de facão e revólveres, tão bem narrados nos versos encantados deste gigante da poesia xucra que sepultamos ontem."
Hoje lembramos os dez anos da morte do Jayme Caetano Braun. Em 9 de julho de 1999, escrevi as linhas acima sobre o poeta. Tinha uma admiração enorme por esse homem. Eu o considerava gênio. Na minha sala na RBS, trabalha comigo a jornalista Suzete Braun, sobrinha dele. Todos os dias que encontro com ela, me lembro do seu tio. Um enorme coração gauchesco e fantástico poeta. Quando ouvi a voz dele reproduzida esta manhã no rádio, me deu uma saudade ainda maior deste grande nome da cultura nativista riograndense. Um pajeador extraordinário. É muito bom cultura a memória dele.
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Postado por Sant'Ana às 09h36

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