sábado, 26 de junho de 2010

O Tesouro de Itapuã


Itapuã, que hoje é um Parque, localiza-se a 57 Km de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. É neste local que encontramos preservados as últimas amostras dos ecossistemas desta região.


Há uma lenda, muito conhecida pelos porto-alegrenses, que conta que lá pelo séc. XVII, um navio pirata inglês que cruzava o Atlântico Sul, aproximou-se da costa brasileira com o intuito de saquear as povoações costeiras e abordar as grandes caravelas que aqui chegavam.


A tripulação do navio-pirata era muito cruel e não abstinha-se apenas ao roubo, mas também matavam e incendiavam os pequenos vilarejos, caso não lhe entregassem tudo que fosse de valor.

Foi deste modo que o capitão-pirata acumulou um grande tesouro a bordo, que despertou a cobiça entre seus marinheiros. Sendo um homem inteligente, pressentiu que se não tomasse sérias providências, um motim seria formado e ele acabaria sendo assassinado. Avistando então, a sua frente a Barra do Rio Grande de São Pedro, entrou na Lagoa dos Patos e junto à Ponta de Itapuã, lançou âncoras. Chamou a tripulação e avisou-os que daria um grande banquete para comemorar toda a riqueza arrecadada. Em combinação com seu imediato, envenenou o rum que foi servido na festa, matando todos os outros piratas.


O capitão e seu imediato, um negro jamaicano, trouxeram então, para a margem, as arcas dos tesouros. Subiram para os altos de Itapuã e começaram a cavar para enterrar a preciosa carga. Mas, o negro, que para bobo não servia, já sabia que acabaria, mais cedo ou mais tarde, tendo igual fim que seus companheiros, resolveu muniu-se de uma pistola.


Quando o jamaicano entrou no buraco para acomodar as arcas, o Capitão de posse de uma pá, bateu-a violentamente na cabeça do imediato. Esse, mais morto do que vivo, ainda conseguiu pegar sua arma e deu um tiro mortal no Capitão, que caiu sobre as arcas. O negro ainda levou três dias agonizando para dar o último suspiro.


Assim, os dois piratas mortos, foram enterrados pelo tempo, que cobriu de terra, com a ajuda do vento, o tal buraco. Mas, desde então, este local é assombrado pelos espíritos dos dois piratas. Só quando um cristão descobrir e desenterrar o tesouro é que hão de cessar de aparecer e de penar.

Quem já passou perto do enterro, garante que pode-se ouvir a agonia das almas penadas.

Muitas são as lendas que nos falam de tesouros enterrados que são guardados por almas que morreram sem deixar notícia do lugar onde os esconderam. As luzes azuladas, que são observadas à noite nos campos e em torno de povoações, que volteiam e afinal se desvanecem, não são senão almas penadas. E, se alguém construir uma habitação em um local como esse, essa casa, com certeza, será mal-assombrada.

"O Parque Estadual de Itapuã foi criado em 1973 e fechado 18 anos depois, sendo reaberto apenas em abril de 2002. A área de 5,5 mil hectares, onde está localizado o parque foi palco de combates durante a Revolução Farroupilha. Na tentativa de impedir a passagem de navios imperiais vindos do Rio de Janeiro, os farrapos construíram fortes nos morros chamados de Itapuã e de Fortaleza. Em 1836, 32 soldados farrapos morreram no Morro da Fortaleza, vítimas de um ataque imperial. Duas embarcações farroupilhas também estão afundas perto da Praia das Pombas."

FONTE:Gaudério OnLine

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