segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Carta por Bagé

Buenas a todos!



Peço “permiso” para me dirigir, por meio desta, principalmente aos meus amigos de Bagé e região, de forma extensiva ao nosso Rio Grande do Sul.

Falar de religião, política, futebol é sempre muito delicado, arrisca-se ser mal compreendido e com isso causar desconfianças ou até inimizades. O que não é meu interesse neste momento. Mas como cidadão bajeense sinto-me compelido a fazê-lo.



Fazer política é uma qualidade inerente a todos nós desde o berço. Pelo que compreendo do termo, fazer política é defender interesses, seja de um grupo social, de uma região da qual somos representantes ou até mesmo os nossos próprios, buscando sempre a ética do “não fazer para o outro o que eu não quero que façam para mim”.



Adianto que nunca defendi legendas, mas pessoas nas quais acreditei. Acontece que é necessário que pensemos com coerência. O atual formato “democrático” instaurado no país não permite mais proceder assim. Em determinadas esferas políticas (como o Poder Executivo) os nomes que encabeçam os Projetos dos partidos não são mais que ícones, simples nomes para os identificarem. De forma que para quaisquer decisões que precisarem tomar deverão estar de acordo com um conjunto de interesses, e não apenas o de próprio representante.



Neste contexto, também vale lembrar um conceito básico: “Cada governo é eleito para gerir o destino de todos os cidadãos de sua esfera, inclusive os que não o elegeram”. Porém, amigos, sabemos que até por uma questão de “gratidão”, eles, após eleitos, começarão seus projetos em suas bases eleitorais. E é a isto que me refiro. Para nós que moramos aqui em Bagé são visíveis os avanços que tivemos nos últimos dez anos. Ainda nos falta muito, como o trânsito e nossas ruas quase intrafegáveis, mas...Como ignorar o Projeto Reluz, o SAMU, as inúmeras escolas reformadas (e outras tantas construídas ou adquiridas) com seus refeitórios que servem até quatro refeições por dia, seus laboratórios de informática, com um NETBOOK por aluno, ensino técnico municipal e federal, Unipampa, Pró-Uni, as Câmeras de Segurança espalhadas pela cidade, a Galponeira, o Canto sem fronteira, o Dança Bagé ou o FIMP? Só para citar a Saúde, Segurança, Cultura e, para mim, a maior delas que é a Educação.



Bueno, o objetivo desta não é fazer um inventário dos benefícios que nossa Bagé teve com as últimas duas administrações e meia. O que pretendo é apresentar uma idéia de votar no próximo pleito levando em consideração a continuidade destes benefícios (que não deixam de ser obrigação de nossos representantes) para o lugar e a região onde moramos.



Além de tudo o que foi mencionado, também nos influencia diretamente na hora de votar, o carisma e a imagem do ícone (da candidata) que encabeça o projeto da continuidade. De fato a impressão que causa seu histórico guerreiro nem sempre a favorece. Mas como citei no começo, eles são meros ícones, não poderão fazer nada sozinhos. Em pleno século XXI ninguém sai com um fuzil na mão para decidir questões relativas ao país. Pensar assim seria uma grande ingenuidade... A imprensa nacional e internacional não deixa passar nada.



Portanto, convido meus conterrâneos bajeenses a analisarem bem. O que mais vale para nós que estamos aqui neste extremo sul brasileiro até há pouco tempo completamente esquecido? Será que valem imagens de fichas policiais antigas (verdadeiras ou não, nas quais figuraram vários políticos antigos do Brasil)? Valem boatos e especulações de que será o retorno da ditadura (como fizeram quando o atual presidente concorreu)? Ou será que o mais importante para nós, esquecidos moradores de Bagé, Candiota, Pinheiro Machado (e agora, considerando o novo governador eleito do RS) é ter vínculos estreitos com o governo federal?



Estou tentando ser o mais coerente possível, afinal, não é preciso pensar muito para concluir que a posição geográfica desta região citada nunca atraiu a atenção de grandes investidores, por isso esse crescimento que apresentamos hoje ainda não é sustentável...ainda dependemos de apoio federal para que possamos alcançar o mínimo de autonomia financeira que a nossa região tanto aspira e que pode conseguir se votarmos pensando no alinhamento partidário das esferas políticas.




Alessandro Vaz de Mattos

Músico e Professor de Letras


enviado por:

Ítalo Dorneles



MSN: italodrs@hotmail.com

Blogs: www.italodorneles.blogspot.com

www.prosagalponeira.blogspot.com

Um comentário:

Manoel Ianzer disse...

No falar de quem é livre, posso dizer que o Alessandro Vaz de Mattos, soube descrever muito bem o abandono do nosso "extremo sul", que por muitas décadas foi deixado ao relento ou a própria sorte.
Sim, devemos pensar.
Sim, podemos analisar.
Sim, queremos decidir.
Manoel Ianzer(bageense) - S.Paulo