O Novo Governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, confirmou o escritor Luiz Antonio de Assis Brasil (foto acima) como o futuro Secretário de Cultura do Estado. Esperamos que, junto ao novo nome, nosso governante dedique mais atenção e verbas a esta pasta tão importante, do que foi dedicado na administração passada. Nosso Estado foi um dos últimos colocados em verbas públicas aplicadas na cultura em 2009 e início de 2010. Aí é complicado!
Luiz Antonio de Assis Brasil passou sua infância em Estrela, no interior do estado do Rio Grande do Sul. Em 1957, aos doze anos, ele retornou à capital gaúcha, sua cidade natal. Em Porto Alegre, Assis Brasil estudou no Colégio Anchieta, cujo curso clássico ele terminou em 1963. No ano seguinte, com o golpe militar no Brasil, ocorreu sua entrada para o serviço militar obrigatório. Foi nesta época que começou a estudar violoncelo.
Em 1965, com vinte anos de idade, Assis Brasil ingressou na Faculdade de Direito da PUCRS e também passa a fazer parte da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), na qual atuou como violoncelista por quinze anos. Graduou-se em Direito no ano de 1970, exercendo a carreira de advogado por dois anos. Em 1975, Assis Brasil ingressou na magistratura como professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), função que ocupa até hoje. A partir daquele mesmo ano, ele passou a colaborar na imprensa com artigos históricos e literários.
Em 1976, Assis Brasil estréia como escritor publicando o romance Um Quarto de Légua em Quadro, lançado na 32.° Feira do Livro de Porto Alegre. Recebeu por seu primeiro livro o prêmio Ilha de Laytano. Foi também em 1976 que Assis Brasil também iniciou sua trajetória como administrador cultural: como chefe da secção de Atividades Artísticas da prefeitura de Porto Alegre; como diretor do Centro Municipal de Cultura de Porto Alegre em 1981; e como diretor do Instituto Estadual do Livro em 1983.
Entre 1978 e 1982, Assis Brasil publicou três livros: A Prole do Corvo, Bacia das Almas e Manhã Transfigurada.
Em 1984, recebeu uma bolsa de estudos do Instituto Goethe (Goethe-Institut) para estudar em Rothenburg ob der Tauber, na Alemanha. No ano seguinte, lançou seu livro As Virtudes da Casa e passa a ministrar a Oficina de Criação Literária do programa de pós-Graduação da Faculdade de Letras da PUCRS. A oficina já revelou nomes como Letícia Wierzchowski, Cíntia Moscovich, Daniel Pellizzari, Monique Revillion e Daniel Galera, tendo recebido o Prêmio Fato Literário, da RBS e do Banrisul.
Em 1986, é publicado o livro Um Homem Amoroso, de caráter autobiográfico. No ano seguinte, Cães da Província retoma o ciclo histórico do autor, que evoca como personagem o dramaturgo José Joaquim de Campos Leão, o Qorpo-Santo, e os crimes hediondos da Rua do Arvoredo. Este romance deu ao autor o título de doutor em Letras e lhe concedeu o Prêmio Literário Nacional.
Obras:
1976 - Um quarto de légua em quadro; 1978 - A prole do corvo; 1981 - Bacia das almas; 1982 - Manhã transfigurada; 1985 - As virtudes da casa; 1986 - O homem amoroso; 1987 - Cães da província; 1990 - Videiras de cristal; 1992 - Perversas famílias; 1993 - Pedra da memória; 1994 - Os senhores do século; 1997 - Concerto campestre; 1997 - Anais da Província-Boi; 1997 - Breviário das terras do Brasil; 2001 - O pintor de retratos; 2003 - A margem imóvel do rio; 2006 - Música perdida
Postado por Léo Ribeiro
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