quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

E se Jayme Caetano Braun tivesse morado em Canela ou Gramado??


Que força tem um poeta?

Qual importância para seu povo, sua época?

Dizem os governantes que é muita!

Pois um poeta movimenta multidões...

Foram eles, na velha rádio de Leningrado, mais importantes do que o pão, naqueles trágicos dias no cêrco da 2ª Guerra.

O Pajador, é o poeta do improviso; aquele que em décimas inspiradas, ao som da milonga, filosofa sobre a vida e sua estrada.

Qual a importância daquele que versa sobre sua terra, mostrando ela aos seus e ao mundo?

De quem viu a vida na sua raiz emotiva, exaltando belezas, façanhas, sem esconder as chagas, as feridas?

Quantos somos nós, hoje, os admiradores desse mestre que partiu e que no dia do seu aniversário prestaremos homenagens?

E amanhã quantos seremos??

Bastará nossos fachos de memórias, dispersados pelo mundo, para mantermos vivo esse grande Luzeiro?

Quem serão as Referências no amanhã, quando de avivarmos o braseiro esquecermos?

Não é preciso ser profeta para prever...

Quando os faróis centenários são apagados pelo esquecimento, quando as nobres referências desaparecerem, tudo será nivelado por baixo; o plágio de hoje, será a referência de amanhã. O nocivo terá ares de virtude e esta será desacreditada.

O ladino, o falcatrua será reverenciado mais que o cientista salvador de vidas ou o emotivo artista.

Onde estão os Memoriais contando, passo a passo, a vida desse Mestre da Poesia?

Me sinto culpado por ainda não termos feito aqui em São Luiz Gonzaga...Mas no nosso passo, vamos fazê-lo!

E quem se responsabilizará em Porto Alegre? Sua capital tão amada? Que timidamente lhe prestou poucas homenagens.
O título de cidadão porto-alegrense ele recebeu em vida e emocionado; imagino que alegria teria ao saber, antes de morrer, que sua obra seria preservada...

Mesmo em Porto Alegre, me sinto muito presente na obra inaugurada no Parque Harmonia. Uma estátua de concreto, com dois metros, em sua homenagem. A estátua dele pajando com a mão esticada, sugestão do sr. Elói Guimarães, patrocinador cultural da única escultura do Jayme em Porto Alegre.
Poucos sabem da existência dela, talvez um ou dois por cento dos porto-alegrenses. O local, constatamos com o passar dos dias, é péssimo(vide foto). Sugeri mudanças, acredito que logo ela será colocada em local a altura do homenageado.

Foi no dia da inauguração desta estátua, que decidi fazer algo maior na sua São Luiz Gonzaga. Confesso que foi por vergonha, pois ao ser questionado sobre o que São Luiz e as Missões fizeram para homenagear o Jayme, nada pude dizer...

As estátuas, os monumentos, são para os poucos, uma honraria àqueles que acrescentaram algo de bom neste mundo e são os Memoriais os responsáveis para manter viva as raízes, eternamente.

É para lá que se dirigirão os que perderam o rumo. Pois lá encontrarão tudo sobre a obra, a vida e pensamentos do homenageado.

Fico pensando sobre o título desta postagem:

“Se o Jayme Caetano Braun tivesse morado em Canela ou Gramado?”

Será que na terra do turismo organizado, esse símbolo do Rio Grande teria outro tipo de tratamento?

Não sei...

Mas acredito que no dia 30 de Janeiro, data do seu aniversário, não seria apenas mais um dia do calendário...

Quero saber tua opinião!



“ O turismo Cultural é o mais nobre de todos, pois repartir cultura é Unir os Povos!” Vinícius Ribeiro.
Postado Por Vinícios Ribeiro

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