segunda-feira, 25 de abril de 2011

FINDA MAIS UMA EDIÇÃO DA BARRANCA


A 40ª edição do Festival da Barranca, realizado a 13 quilômetros da cidade de São Borja, num pesqueiro a beira do Rio Uruguai, foi regada a muita música, poesia e temporal. Pouco depois de divulgado o tema para os concorrentes (Que se preserve a raiz, mas que se renove a flor) uma frase poética de um dos fundadores da Barranca, Apparício Silva Rillo, na sexta-feira á noite, desabou uma chuva torrencial de cachorro beber d’impé, deixando os quase 400 barranqueiros sem luz. O fato não atrapalhou. Um isqueiro em lusco-fusco daqui, uma lanterna alumiando dali e as músicas foram saindo. No total, 33 composições foram escritas das quais 20 foram selecionadas por uma comissão formada por cinco jurados e apresentadas no sábado a noite. Perto da madrugada de domingo de páscoa foram anunciados os vencedores.O Troféu Cigarra do Acampamento (aquele que canta por mais tempo durante o evento) foi, novamente, para Luiz Carlos Borges que, em edição passada, tocou por 37 horas seguidas.
O Troféu Quá-Quá, que premia a melhor composição humorística, foi ganho por Elton Saldanha, que defendeu O Último Cataplasma – na gíria dos barranqueiros cataplasma é o mala do festival.
O primeiro lugar da competição oficial foi para Passo Fundo, com o título Quem Plantou Minha Raiz, de Edgar Paiva, Jauro Ghelen e Glênio Vieira, meus amigos dos Qüeras, grupo nativo que tanto faz pela cultura crioula lá pelos pagos do planalto médio.
O festival gauchesco há mais tempo em atividade sem interrupção seguiu sua tradição e foi encerrado com os participantes, ao comando dos Angüeras, cantando o hino que acompanha todas as edições. “Eu me chamo Generoso / morador do Pirapó / gosto de dançar com as moças nos bailes / de palito”. Os versos lembram a lenda do índio Angüera, rebatizado pelos jesuítas como Generoso.
Recém o pessoal tinha botado o pé na estrada no retorno aos seus ranchos, começou a bater a DPB (Depressão Pós-Barranca).
Abaixo o chasque que recebi do meu parceiro Gláucio Vieira dando conta da façanha de seus amigos e irmãos dos Qüeras:
Boa tarde, Léo
Inicialmente uma feliz páscoa para ti e para toda tua família. Te escrevo para contar que os irmãos Queras levantaram a taça da 40ª Barranca de São Borja.
Com letra e música do trio - Glenio Vieira, Jauro Ghelen e Edgar Paiva, os Queras levantaram a taça da 40ª Barranca de São Borja.O chamamé "Quem plantou minha raiz" foi a grande vencedora da Barranca.
Subiram ao palco do festival o time composto por:
Jauro Ghelen - Gaita e voz
Glenio Vieira - Violão
Clóvis Mendes - Violão
Erlón Péricles - Baixo
Nelci Morales - Guitarron e
Diego Muller - Cajon
Grande Abraço amigo Léo,
e parabéns ao trio Glenio Vieira, Jauro Ghelen e Edgar Paiva
Gláucio Lemos Vieira
Rádio Alma Nativa – WWW.radioalmanativa.com.br
Lagoa Vermelha - RS
Postado por Léo Ribeiro

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