quarta-feira, 21 de março de 2012

PILARES DA TRADIÇÃO!

PILARES DA TRADIÇÃO, HOJE NO CTG 35!

Está confirmado para hoje, dia 21 de março, às 20h, no 35 CTG, e 14 de abril, às 18h, na Livraria Cultura, o lançamento do “Pilares da Tradição”. O livro, escrito pelo jornalista Renato Mendonça, faz o registro da vida e obra de artistas que construíram a cultura tradicionalista do Rio Grande do Sul: Paixão Côrtes, Telmo de Lima Freitas, Antônio Augusto Fagundes e Adelar Bertussi.

- Estamos tentando a presença de todos os Pilares durante o lançamento - vamos ver se conseguimos. E já está acertada a apresentação de alguns importantes nomes da música gaúcha, homenageando os Pilares.

Agendem-se:

- Dia 21 de março, às 20h, no 35 CTG (Av. Ipiranga, 5.300, fone: 3336-0795) Preço do livro: R$ 40,00 com direito a um jantar Campeiro. Apresentações musicais e autógrafos.

- Dia 14 de abril, às 18h, na Livraria Cultura (Bourbon Shopping, fone 3362-4227) Preço do livro: R$ 40. Bate-papo e autógrafos.




                                           Nico Fagundes, clicado por Emílio Pedroso

As memórias de Nico Fagundes são fascinantes e, quando contadas por ele, ficam ainda mais inesquecíveis. Confira trecho do capítulo sobre Antonio Augusto Fagundes que estará em “Pilares da Tradição”.

Com 10 anos de idade (1944), conheci Getúlio quando ele visitou São Borja. Meu pai, que era muito getulista, ficou deslumbrado ao falar com ele. Getúlio gostava de bombacha, bota e lenço branco. Nunca vi ele de lenço vermelho, a não ser durante a Revolução de 30, quando ele usou lenço colorado para unir todos os gaúchos. Participei da solenidade, dançando e fazendo versos para Getúlio candidato a presidente. A inspiração rendeu mais: comecei a fazer versos em décimas para a campanha do Getúlio e do PTB, e um tipógrafo resolveu imprimir.

                                    Adelar Bertussi, em registro do fotógrafo Emílio Pedroso

Abaixo, trecho do capítulo de Adelar Bertussi, um dos “Pilares da Tradição”. Acompanhe o que Adelar contou de sua infância e das influências que agiram sobre sua música.

Fioravante herdou do velho João o talento para criar máquinas, e montou uma microusina hidrelétrica no rio Mulada, que passa próximo da Estância dos Bertussi, garantindo eletricidade para que a família abrisse a janela para o mundo ouvindo as ondas do rádio. Os sons seguem vivos na memória de Adelar.

A gente sintonizava as Rádios Tupi (SP) e Record (SP), em que se ouviam Raul Torres e, depois, Tonico e Tinoco. Raul Torres era o chefão dos caipiras, entre seus sucessos estão “Cavalo Zaino” e “Trem de Ferro” (1940). No “Trem de Ferro”, ele imitava o barulho do apito do trem. Eu ouvia isso com seis anos, e ainda lembro direitinho.


                                      Paixão Côrtes, em foto de Emílio Pedroso

Trecho do capítulo de Paixão Côrtes, focalizando sua infância, no livro “Pilares da Tradição”. Aproveito para agradecer à Unifertil, que apoiou, usando os benefício da Lei Rouanet, a edição do Pilares. Aproveite, agora, as reminiscências de Paixão Côrtes.

Na pátria musical de quem crescia em Santana do Livramento nos anos 1930 o repertório incluía democraticamente tango, milonga e valsa, e nem sinal do hoje tão popularizado chamamé. O Carnaval santanense era sui generis, pondo os foliões para pularem ao som de tango e milonga. Esse caldeirão resultou em um famoso conjunto da região, apesar de seu nome suspeito.

Tinha uns 18, 19 anos quando formei um conjunto musical - Os Amigos da Onça, inspirado naquele personagem do Péricles (1924-1961, personagem famoso publicado na revista O Cruzeiro).

                                    Telmo de Lima Freitas, em foto de Emílio Pedroso

Um trecho do capítulo do “Pilares da Tradição”, sobre Telmo de Lima Freitas.
A festa respondia por vários nomes: cinema, circo, parque de diversões. Como todo menino dos anos 30 e 40, no Interior gaúcho, Telmo se entretinha com atrações que não se extinguiam quando deixavam a cidade ou saíam de cartaz, mas que seguiam ampliando a imaginação do piá da Fronteira.

Tinha a matinê-dança e a matiné-cinema. Papai ou o compadre José Fernando levava eu, o Mauricio, o João, o Lalinga, o Turro, e mais dois ou três pra matiné. Era a coisa mais linda. Seriado com o Zorro, capa e espada, com esgrima. A gente chegava em casa, já cortava umas taquaras e reproduzia a esgrima que tínhamos visto na tela.

FONTE: blog Léo Ribeiro

Postado por Léo

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