sexta-feira, 18 de maio de 2012

TCHÊ BARBARIDADE HOJE, NO "35" CTG!

TCHÊ BARBARIDADE HOJE, NO "35" CTG!

Não! A matéria não é de 10 anos atrás. É recente. É de hoje, dia 18 de maio de 2012. Digo isto porque há pouco tempo, se fizéssemos tal postagem iriam chamar-nos de um bando de loucos. Por determinação (acertada) do MTG os grupos da Tchê Miusic foram proibidos de tocarem seus maxixes dentre as quatro paredes de um centro de tradições.

Agora, ao que parece de volta às origens, a convite da patroa do "35" CTG, Márcia Cristina Borges, que se diz admiradora do Grupo, o Tchê Barbaridade vai mostrar sua versão gaudéria num dos mais autênticos, tradicionais, ideológicos, centros de tradições do Rio Grande do Sul. Digo versão gaudéria porque a versão sertaneja, ou sei lá o que, continua em atividade e tudo depende do local em que o grupo se apresenta. Ao contrário do ditado que diz: dançar conforme a música, o Tchê Barbaridade toca conforme o ambiente.

O Tchê Guri, de acordo com seu vocalista Lê Vargas, está vindo na mesma estrada de retorno em face da mudança no comando do MTG. O Tchê Garotos, graças a bela canção "Cachorro Perigoso" que emplacou na novela Avenida Brasil diz que - Bombachas Nunca Mais. Fato que os apreciadores da música mais autêntica agradecem.

O CTG NÃO É UM CLUBE QUALQUER!


Ontem, após termos feito àquela postagem sobre os problemas enfrentados pelos CTGs de Santa Maria, em relação aos processos judiciais em virtude da propagação do som, fato que, de verdade, incomoda os vizinhos, recebemos muitas colocações de leitores do blog. Uma delas chamou-nos a atenção por ponderar que O CTG, COMO QUALQUER CLUBE SOCIAL, ESTÁ FADADO A DESAPARECER. O leitor faz um relato da situação administrativa das sociedades, outrora tradicionais, e coloca os centros de tradições neste roldão.

Não pensamos assim. É claro que as entidades passam por um período crítico pela falta de dinheiro e má administração. Não vou falar aqui pelas exceções, que estão muito bem, obrigado, mas no geral, as entidades cultoras do tradicionalismo vão peleando só com o cabo da faca. Culpo, em parte, o próprio MTG que, como todo órgão centralizador, visa muito a si próprio e esquece dos seus filiados.

Mas o que queremos realmente dizer, contrapondo nosso leitor, é que o CTG não é um clube social qualquer, porque ali, naquele ambiente, por vezes rude, considerado por muitos como antiquado, ainda se preserva um grande e inestimável valor que é a FAMÍLIA. Tem que se adequar aos novos tempos e ir ao encontro dos sócios, praticar filantropia, sair da mesmice das bailantas e se aculturar mais? Tem! Mas este predicado ninguém tira de um CTG. O alicerce familiar.

Em cima deste mesmo tema nos escreve outro leitor e grande colaborador do blog, Carlos Homrich.

Mano Léo.

É verdade. O que vem acontecendo com muitos CTG's, que estão sendo obrigados a fecharem suas portas para os ensaios de suas invernadas, para a realização de bailes tendo em vista a adaptação ao Código Municipal de Posturas e respeito a Lei do Silêncio.

Em Cachoeirinha, um CTG teve que ficar muito tempo fechado e ainda se encontra assim, devido a este Código de Posturas. E o pior, pediu ajuda ao MTG e nada foi feito, e muitos outros estão sofrendo com isso.

Nada contra, mas acredito que o nosso Movimento Tradicionalista Gaúcho - MTG tem que se movimentar e realizar junto as Prefeituras, Ministério Público, etc, um acordo ou convênio para que possam nossos CTG's se adequarem a este Código.

Já não houve uma adequação, convênio com o Ministério Público Federal com o MTG no sentido de "O MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO ENGAJADO NA CAMPANHA DE COMBATE À CORRUPÇÃO".

Então, quem sabe o MTG entra nesta também e vai fazer um acordo (convênio) com as Prefeituras Municipais no sentido de adequação de nossos galpões a Lei do Silêncio.
Sei que teremos até ajuda de muitas Prefeituras, até ajuda financeira, através de Leis de Incentivo a Cultura, etc, para verem realizadas este Código de Posturas.

Tenho certeza que todas as Prefeituras irão se mobilizar, pois sabemos que povo nenhum sobrevive sem a sua tradição e a nossa Tradição Gaúcha está acima de qualquer outra e não pode se terminar assim. Temos que nos adequar também.

Carlos Homrich
Advogado
OAB/RS 39.479
Tradicionalista

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