terça-feira, 24 de julho de 2012

MTG ocupará prédio da zona sul da Capital



A Secretaria de Estado da Cultura e a 1ª Região Tradicionalista (RT) do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) firmaram convênio para dar um novo destino a prédios tradicionais da zona sul da Capital. O bloco A do complexo que um dia abrigou o Artesanato Guarisse (famoso em todo o país na década de 70) e, mais tarde, o Fórum Regional da Tristeza, na Rua Landel de Moura, terá diferentes usos.

Conforme o governo estadual, a decisão é resultado de uma audiência pública na qual ficou definida a ocupação das seguintes formas: pelo MTG, pela comunidade (que está no local com o Centro Comunitário de Desenvolvimento da Tristeza, Pedra Redonda, Vilas Conceição e Assunção) e pelo Instituto Estadual de Artes Cênicas. Na área, ainda há um espaço da Susepe, que deverá utilizar o local para ações culturais e sociais.

- Lá, poderão ser recebidos grupos de todo o Estado. A 1ª RT é uma entidade com reconhecida utilidade pública e, desta forma, estamos contemplando várias linguagens culturais: a tradicionalista, a comunitária e a das artes de teatro, dança e circo. Assim, damos uma utilidade para um espaço que estava ocioso - diz o secretário estadual da Cultura, Luiz Antonio de Assis Brasil.

Espaço receberá projetos ligados à cultura gaúcha

A iniciativa integra as ações do Programa de Racionalização dos Bens Imóveis do Estado, o Otimizar, que busca a modernização dos sistemas de gestão e controle do patrimônio móvel e imóvel do Rio Grande do Sul.
- Além de destinar o uso dos bens imóveis do Estado para fins públicos e gerar economia, podemos favorecer projetos de desenvolvimento social, cultural e econômico - afirma a secretária estadual da Administração e dos Recursos Humanos, Stela Farias.

O coordenador da 1ª Região do MTG, Nairo Antunes Callegaro, conta que o espaço será usado para a sede do grupo e para desenvolver projetos ligados à cultura gaúcha.

- Temos uma série de reformas a fazer. Há pressa porque, em 23 de agosto, pretendemos receber a centelha da chama crioula, que ficará ali até o 7 de Setembro - afirma Callegaro.
Chegada de entidade surpreende organização

Das quatro construções que existem na Rua Landel de Moura, apenas a menor delas está ocupada. Desde 2008, funciona no local a sede do Centro Comunitário de Desenvolvimento da Tristeza, Pedra Redonda, Vilas Conceição e Assunção (CCD). A presidente da organização, Maria Angela Pellin, reclama da forma com que o governo do Estado vem tratando a comunidade:

- Nosso repúdio é em relação à dinâmica que o Estado tem adotado com entidades da Zona Sul e com o projeto que, desde 2005, estamos lutando para realizar. Nós ficamos surpreendidos com a chegada do MTG, que disse que ocuparia duas salas e, agora, diz que ocupará o prédio inteiro (o bloco A do complexo). No projeto, essa área abrigaria teatro, museu, memorial, salas de dança e ainda um centro de informática.


ZERO HORA
Via Chasque Pampeano

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