terça-feira, 10 de setembro de 2013

UNIÃO GAÚCHA - PRIMEIRA ENTIDADE TRADICIONALISTA DO RS



Com 114 anos de fundação, a União Gaúcha João Simões Lopes Neto é a entidade tradicionalista mais antiga deste Rio Grande, e tem por objetivo relembrar, honrar e conservar as tradições e o patrimônio moral, histórico e cultural Sul-rio-grandense, cultivando o espírito tradicional da honradez, da dignidade, da lealdade, do cavalheirismo, do patriotismo e da hospitalidade do Gaúcho, lembrando através dos seus costumes e usanças. Seu lema : "Espora e Mango"
Fundada em setembro de 1899 na cidade de Pelotas - RS. Teve como seu grande líder, o ilustre escritor Pelotense, João Simões Lopes Neto, autor de Contos Gauchesos, Lendas do Sul, Causos do Romualdo e outros.
Tudo começou com a fundação do Grêmio Gaúcho por João Cezimbra Jacques em 22 de maio de 1898, que iniciou a implantar no Estado o culto as tradições crioulas, inspirado na sociedade La Criolla de Montevideu, fundada em 1894. Este sentimento e necessidade de preservar usos e costumes do gaúcho foi o que motivou 82 pelotenses a se reunirem em 10 de setembro de 1899 para a primeira reunião que daria nome a primeira entidade tradicionalista do RS.  No dia 20 o mesmo grupo "amantes do culto às tradições" e que foram os sócios-fundadores, se reuniram novamente para aprovar os Estatutos e eleger a primeira diretoria, que foi empossada em primeiro de outubro do mesmo ano. (*)
Em 1949, Barbosa Lessa e Paixão Cortes se reuniram em Pelotas com os ginasianos e tradicionalistas para reerguerem a União Gaúcha pois depois de muitos anos, em função da Segunda Guerra, o mesmo paralisou as suas atividades e ressurgiu em 18 de setembro de 1950, reafirmando os princípios de  defesa da cultura gaúcha, honradez, lealdade, hospitalidade, liberdade, patriotismo, dignidade, cavalheirismo, desprendimento, cumprimento do dever, autenticidade e adotando o nome de União Gaúcha João Simões Lopes Neto em homenagem ao grande tradicionalista e alma inconteste da entidade e que desde a sua fundação foi um dos membros mais atuantes. João Simões foi seu quarto presidente, empossado em 20 de setembro de 1905.
Em novembro de 2009, após muito esforço a sede foi reconstruída, mas lamentavelmente em 17 de junho de 2010, houve um incêncio nos fundos da dependência e conforme o Jornal Popular : "Uma das grandes perdas registradas pelo patrão da União Gaúcha João Simões Lopes Neto são os livros que contam a história da entidade e fichas de sócios ilustres como Barbosa Lessa e Paixão Côrtes. Este material não existe mais. Troféus das invernadas, telefone, cortinas, uma gaita (acordeon), forro e painel do salão principal também foram destruídos pelo fogo."
A lei nº 12.673,  de 19 de dezembro de 2006 declara integrante do Patrimônio Cultural do Estado a União Gaúcha João Simões Lopes Neto, oriunda do projeto de lei nº 437/2006 apresentado pelo Deputado Nelson Harter.

 É, portanto, a mais antiga entidade representativa do povo gaúcho que existe, seguida de longe pelo "Grêmio Gaúcho", fundado em 22 de maio de 1898, a "União Gaúcha de Pelotas", em 10 de setembro de 1899, "O Centro Gaúcho de Bagé", em 20 de setembro de 1899 e o "Grêmio Gaúcho de Santa Maria" e, 08 de setembro de 1901. O CTG Lalau Miranda de Passo Fundo foi fundado em 24 de Março de 1952.

A União Gaucha tem 5 datas divulgadas como sendo de sua fundação em vários sites
     09-09 - esta data foi publicada a convocação para a reunião do dia 10
     10-09 - primeira reunião entre os 82 fundadores
     20-09 - aprovação dos estatutos e escolha do primeiro presidente
     01-10 - posse do primeiro presidente
     19-10 - segundo o blog da União Gaúcha
(*) Vários historiadores escolhem uma destas datas para definir como a data de fundação.
 
blog da União Gaúcha
 

colaboração:
Hilton Luiz Araldi 

4 comentários:

Anônimo disse...

Sou filho da República Rio Grandense, nas minhas veias correm sangue caudilho farroupilha da gente guapa campesina, dos antepassados que trago entranhada na alma; tenho honra da minha bandeira, do hino e do brasão de armas que defendo aonde for, este é o meu País, este é meu Rio Grande do Sul amado! Sou bisneto de um farrapo chamado Coronel Joaquim Rosah, que muito peleou pelos vastos campos gaúchos, Argentina, Uruguai e Paraguai ao lado dos Generais Bento Gonçalves, Davi Canabarro e dos Coronéis Onofre Pires, Corte Real e todos os revolucionários da época inclusive italianos da Carbonária como o Capitão Giuseppe Garibaldi. Por isso hj estou aqui, para dizer do orgulho da gente da minha gente e da história a qual meus antecessores fizeram parte e que no próximo dia 20 de setembro possamos comemorar juntos, sob o lombo de crioulos criados neste chão, toda a nossa liberdade! "Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra". Abraços - Dr. Abraão Rosah.

Anônimo disse...

Coronel Joaquim Rosah, jamais o deixou que o documentassem ou registrassem algo a seu respeito. Era temido por inimigos e respeitado por todas as tropas, sejam do lado que estivessem. Bueno de peleia com qualquer arma e encima do zaino negro ninguem o desafiava. Defendeu as cores do Rio Grande do Sul como um leão sanguinario e ate hoje é lembrado nas rodas de mate pelos antigos viventes gauchos e que mesmo ja estando de baixo de 7 palmos de terra, muitos ainda temem comentar sobre, tamanha era sua fama de peleador e valentia. - Historiador Alegretense erradicado em Corrientes Argentina.

Anônimo disse...

����

Anônimo disse...

Assim era quando os calaveras farrapos chegavam nos ranchitos de má fama :

A adaga no rumo certo
Donde pulsa o sangrador
Não há espaço pra dor
E a sangria se apresenta
No calor rubro que aquenta
O grito do desaforo
Que a honra de um índio touro
Na prateada se sustenta!

Calavera! Foi o grito
No ranchito de má fama
Dos pingo atado nas trama
Ficou uma baia lunanca
Com o poncho por riba d'anca
Que muito serviu de abrigo
Pra o maula que foi ferido
De morte, por arma branca!

Comércio de tava e truco
Canha branca e china pobre
A donde se jogam uns cobre
Toreando a volta da sorte
Mas nunca se perde o norte
Tampouco se facilita
Pensando no que se grita,
Pra não se topar com a morte!

Mas nunca se perde o norte
Tampouco se facilita
Pensando no que se grita
Pra não se topar com a morte!

O corpo no chão de saibro
E o baralho sobre a mesa
Foi a falta de destreza
E o grito de desacato
Que mataram o mulato
Nesta carpeta fronteira
Pois, todos são calavera
Mas nenhum carrega o fato!

Depois chegaram os milico
E o pançudo comissário
Souberam por comentário
E a história, nem que não queira
Se quedo por verdadeira
Resumida ao chão batido
- Que um maula tinha morrido
Na adaga d'um calavera!
- Que um maula tinha morrido
Na adaga d'um calavera