quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A FIGTF REGISTRA OS 91 ANOS DO NASCIMENTO DE JAIME CAETANO BRAUN


Jaime Caetano Braun nasceu aos 30 de janeiro de 1924, no sub-distrito de Timbaúva, então pertencente ao 3º Distrito de São Luiz Gonzaga, hoje município de Bossoroca. Foi lá, convivendo com a intimidade dos rincões missioneiros e instruído por sua mãe Euclides Caetano Braun, que agregava miscigenação de sangues portugueses e indígenas, que ele adquiriu o amor pelo Rio Grande que marcou toda sua vida. Guiado pelo pai, o leopoldense João Aloysio Braun, mestre-escola devotado, iniciou-se no conhecimento das letras e da leitura.
Praticamente dedicou uma vida inteira à poesia gaúcha, pois desde os tempos escolares suas redações eram compostas em versos, muitos dos quais acabaram por se perder.
Seus primeiros poemas passaram a ser publicados a partir de 1943 no jornal “A Notícia” de São Luiz Gonzaga e sua atuação política e brilho começam a se destacar em 1945 quando, acompanhando os comícios do estadista Getulio Vargas, empolgou as platéias brasileiras com um gênero de repentismo poético até então relevado apenas dentre os gaúchos do Prata: a pajada, da qual acabou por ser o mais fulgurante divulgador. Seu poema “O Petiço de São Borja”, publicado, então, em todos os recantos do País, tornou-se antológico e fez seu nome conhecido por todos os rincões pátrios.
Sua vocação para a integração continentina refulge a partir de 1948, quando assume, na emissora gonzaguense, o programa gauchesco “Galpão de Estância”, provavelmente o primeiro a integrar, todos os domingos, poetas, autores, compositores, instrumentistas e cantores das três pátrias pampianas. Com o nome do citado programa radiofônico editou seu primeiro livro de poemas gaúchos em 1948. Amaioria do conteúdo de “Galpão de Estância” já era conhecida e declamada bem além das fronteiras rio-grandesnses. Seguiram-se De fogão em fogão (1958), Potreiro de Guachos (1965), Bota de Garrão (1966), Brasil Grande do Sul (1966) e Paisagens Perdidas(1966), o célebre Vocabulário Pampeano (1974). Em 1990 foi publicado Payador & Troveiro e em 1996 a antologia 50 anos de Poesia.
Gravou, pessoalmente, diversos CDs de seus poemas e várias letras de sua autoria foram musicadas por renomados compositores, participando com êxito nos festivais de música nativa. Em1973, aconvite do jornalista Flávio Alcaraz Gomes participou do programa da Rádio Guaíba “Brasil Grande do Sul”, cuja produção e apresentação assumiu no ano seguinte a através do qual, em pajadas soberbas, realizava uma resenha semanal dos principais fatos acontecidos no Rio Grande do Sul, no Brasil e no mundo.
Foi membro destacado da Estância da Poesia Crioula e no tradicionalismo gaúcho sua contribuição em diversos conclaves foi relevante, havendo, até, presidido o colegiado denominado Conselho Coordenador do Tradicionalismo Gaúcho, antes do surgimento do MTG como instituição. Recebeu, em vida, inúmeras homenagens, inclusive a Medalha “Negrinho do Pastoreio”, a maior condecoração com que o Governo do Estado destaca seus filhos mais ilustres. Faleceu no dia 08 de julho de 1999.
fonte : IGTF

Nenhum comentário: