quinta-feira, 16 de maio de 2013

O Ovelheiro é o verdadeiro cachorro do gaúcho

 
O Ovelheiro é o verdadeiro cachorro do gaúcho. Me arrisco a dizer que representa mais o “melhor amigo” do que o pingo, para a figura do peão. É ele que acompanha o homem nas horas boas e ruins da lida, no mate depois do trabalho, nas mangueiras, nos refrescos das tardes quentes nos açudes, etc. Enfim, sabes bem da figura lírica que representa esta raça para nós.
 A raça

 
 
 
O Ovelheiro Gaúcho é um cão inteligente, alegre, obediente, rústico e extremamente funcional. Há muitos tempo vem sofrendo adaptações por meio de uma rígida seleção que busca adequar a raça as mais diferentes situações vividas nas lides de campo e também na cidade. Ao longo dos anos, realizou-se a escolha dos animais que se adaptavam ao ambiente em que viviam, propiciando a formação de uma raça rústica e resistente, aceitando trabalhar por muito tempo, percorrendo vários quilômetros por dia e adaptada ao clima sulino, caracterizado por muito frio no inverno e muito calor no verão, além de uma grande amplitude térmica diária.
No campo, possui habilidade e agilidade para as diversas atividades realizadas com o rebanho bovino e ovino, além de ser um grande amigo do peão ou do patrão. Entre suas qualidades, tem a capacidade de rápido aprendizado e realizar suas tarefas não demonstrando excessiva agressividade com os animais, destacando-se das raças que há alguns anos são introduzidas sinteticamente nestes locais. Além disso, é um cão que protege a casa, demonstrando atenção e alarme para chegada de pessoas estranhas e animais.
Já na cidade, a raça é escolhida devido ao seu companheirismo que apresenta ao seu dono e a docilidade que apresenta com as demais pessoas de seu convívio, sendo uma raça que aceita a presença de outros cães na casa.
Ao que os estudos atuais indicam, originou-se das raças Cão da Serra da Estrela e Scotch Collie, trazidas por colonizadores, não sendo, ao contrário do imaginário popular, originado das raças “Border Collie” e “Rough Collie” (popularmente conhecido como Collie ou Coler).
Entre as principais diferenças do “Collie” estão: ausência de pelagem e juba tão longas; cabeça mais larga e focinho mais curto; várias pelagens aceitas , enquanto que no “Collie” são aceitas apenas três pelagens (azul-merle, tricolor e dourado); ausência ou escassez (apenas no inverno) de subpelo, característica que confere resistência por parte do Ovelheiro ao calor.
Quanto as diferenças do Border Collie, destacam-se, a começar pela forma de trabalho, que no Border Collie se caracteriza por posição agachada, com olhar fixo, ausência de latidos e rabo caído entre as pernas. Morfologicamente, os Border Collie variam quanto coloração e comprimento de pelo, além de possuir característica de manter a coluna arqueada, enquanto o Ovelheiro Gaúcho caracteriza-se por mantê-la sempre reta.
Você pode conferir o Standard Oficial da raça Ovelheiro Gaúcho clicando AQUI.

 

Por que Muuripá?

Houve um tempo onde a grande tribo Guarani dominava as terras do Jacuí até as barrancas do Uruguai. Eram léguas e léguas de mata cerrada, que nem a vista do pajé conseguia enxergar o fim. Seus guerreiros eram os mais valentes, os mais astutos… os melhores no arremesso da lança, os mais rápidos no manejo do arco e da boleadeira. Nas caçadas ninguém os vencia.
Estes eram guerreiros escolhidos que denominavam-se Muuripás , que na língua do branco quer dizer venturoso, os que têm sorte.
Para chegar a Muuripá, o guerreiro deveria cumprir provas de astúcia e valentia ao longo dos sete caminhos da morte, que ofereciam peripécias na mata virgem, na correnteza dos rios, na caverna dos espíritos e até mesmo no campo aberto.
O retorno vitorioso deveria acontecer ao término da sétima lua. Se assim não ocorresse, estaria frustrado o desejo e a honra do jovem índio de se tornar um Muuripá.
Vencidas todas as provas, ele era conduzido e aclamado pelos caminhos que levavam aos acampamentos da grande tribo. Lá recebia a boleadeira de pedra, símbolo da astúcia e da valentia. Depois, em grande cerimônia, era marcado na fronte do guerreiro – com fogo e erva sagrada – o emblema da lua nova, para que fosse o seu enigma de ventura e boa sorte, tanto na paz como na guerra. Cumprida a cerimônia, o novo Muuripá passaria a integrar a elite guerreira da sua tribo, recebendo como prêmio sete virgens, que, por sete dias o divertiriam e lhe dariam prazer.
Conta-se que Sepé Tiaraju teria sido o último dos “Muuripás” e, como os outros, também receber seu prêmio.

Fonte: Página do Gaúcho

 

 
mais informações:  e-mail: contato.querencia@gmail.com  pelo celular: (53) 91071204

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